segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

indivíduo.

independente de onde estivesse, com quem estivesse, estava sempre só.
não eram as pessoas, nem a infinidade de bichos naquele pedaço de terra esférico onde todos eles habitam. ao que parece, estar só não é questão de presença ou ausência de espécie... talvez seja tudo intros.

dentro de si.

diz coisas e pensa coisas como outro qualquer, se espanta com a natureza caótica do ego, sem se reconhecer. Foi dito certa vez que o eu se separa em três. basta adequar-se ao que for melhor a si... mas alguns esquecem, aniquilam os outros dois. tipicamente humano. imperfeito, incompleto. indivíduo.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

ao vento

e acima de tudo, depois de tudo, e depois que a gente passou o que passou e de todas as luas de mel, de todos os sabores e de todos os tamanhos, tamanha é a decepção que eu não consigo respirar direito. eu achei que você fosse leal.

acima de todos os juramentos, logo esse, na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença até que a morte nos separasse. eu esperava que você viesse comigo.

- você vai morrer comigo.
não. eu não queria ver você dançar em cima dessa faca, suja de sangue, enfiada no seu coração. eu não queria, apenas imitava poetas viciados em suas frases prontas. foi tudo uma grande ironia mascarada de tragédia.

- me leva pro hospital, seu filho da puta. não vou morrer por você.
e assim foi feito. e desfeito. e nada deu certo .

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

carta pra você II

cada vez que eu olho pra esses seus olhos marejados eu sinto vontade de morrer.
morte rápida e indolor. sem precedentes, sem capítulos de tristeza nem choro nem todas essas coisas que ninguém merece presenciar. o problema é que eu não sei o que eu quero. não sei o que pensar quando te vejo perdida nos seus pensamentos, tragando seu cigarro e olhando como quem acompanha um pensamento atravessado p'rum ponto qualquer dessa cidade.
eu queria estar melhor pra dizer tudo passa, enquanto alimenta-se o desejo de parar e ficar.

enquanto o vento bate na cortina e você repete essas mesmas palavras de sempre, eu decido se fico ou se vou. eu olho nos seus olhos e procuro palavras pra te dizer, mesmo que dentro de mim o silêncio tome uma forma cinza, que reflete aquele suspiro que eu exito em soltar.

eu queria dizer qualquer coisa.
eu queria te acordar uma noite dessas.
te perguntar quando eu vou te ver outra vez.

domingo, 11 de janeiro de 2015

"muito prazer. eu sou você...

amanhã. só não me apresentei antes por medo de desmotivar..."

e antes que pudesse dizer o resto, olhou-me nos olhos e fez cara de piedade. morto por dentro, com aquelas manchas nos cantos dos olhos, porém com um olhar atento de duas esferas negras.

tive dias bons, cujos os números não posso contar.

e me deu um sorriso e me fitou e não disse nada. bem previsível.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

love.roxa

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Thrilled